sábado, março 06, 2010

O Bullying não é uma brincadeira ...... 1

O bullying não é uma brincadeira, é sim um problema muito grave e, por isso mesmo, não se deveriam desdramatizar situações que vão ocorrendo na nossa sociedade - seja nas escolas, seja nos ambientes de trabalho - tão proclamada como uma sociedade do conhecimento e da informação e a formação onde fica, qual o seu lugar nesta sociedade?
Como é que uma sociedade pode sobreviver sem formação, embora tenha conhecimentos e informação?


Por outro lado, com bastante frequência (frequência até demais, serão sinais dos tempos que correm?) , somos alertados para situações de violência que ocorrem, nos infantários, nas escolas, nas instituições universitárias, tendo como vítimas as crianças e os jovens, não esquecendo os próprios professores, educadores ou auxiliares de educação
Por incrível que pareça, este facto também se vem alastrando a outros sectores como o da saúde onde, por vezes, se assiste à chegada de crianças e jovens que foram vítimas de agressão, assim como à chegada de outras que vitimaram alguém e tentam agredir ou agridem mesmo quem está por perto.
Na sociedade, este fenómeno que não é recente, está sendo motivo de preocupação e interesse para os próprios alunos, pais, profissionais da educação e da saúde, e também a comunicação social.

Mas será que a agressividade ajuda a fortalecer o carácter de um jovem?

Parece que não, contudo existe muita gente a tentar "branquear" este fenómeno e a afirmar que a criança "só tem a ganhar, pois estas situações "fazem crescer" no sentido de uma maior socialização: nada mais falso.
Comentário análogo se faz das praxes universitárias, quando estas atingem e extrapolam as paredes das instituições de ensino (onde se deveria formar e ensinar os jovens) pela sua agressividade e humilhação que infringem a quem é a vítima, no momento.
Ou seja, por outras palavras, tenta-se a generalização de situações que nada têm de normalidade, recorrendo ao "branqueamento". E esta situação é tão grave que se transformam, em alguns casos, as vítimas em criminosos e os criminosos em vítimas, alegando que as vítimas apresentavam distúrbios psicológicos que justificavam aquelas situações que de normalidade nada têm.
Contudo esta onda de agressividade e "achincalhamento" está a tornar-se em algo preocupante por causa da sua elevada incidência e porque agrava determinados comportamentos e altera o normal desenvolvimento da vida escolar ou do contexto laboral.
Ultimamente, têm vindo a adquirir uma maior relevância por causa da divulgação atempada e, essencialmente, pela crueldade de alguns episódios recentes, que desencandeiam sentimentos como o medo, a ansiedade e doenças mentais, entre as quais a depressão, podendo levar ao suícidio.

Investigações efectuadas no nosso país referem que a sua incidência vai paulatinamente aumentando. Os primeiros estudos apontavam para uma incidência de 20% e os últimos apontam para um índice muito próximo dos 40% .

http://www.miniweb.com.br/educadores/artigos/imagens/menina.jpg
Neste tipo de comportamentos estão envolvidos: o agressor, o agredido, o grupo dos colegas, a própria instituição (professores, equipas psicopedagógicas e equipas directivas) e as famílias (a do agressor, a do agredido e as associações de pais).
É frequente falar-se internacionalmente em Bullying
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Mas o que é o Bullying?
Olweus (1991, 1993, 1994) definiu o conceito de bullying afirmando que «um aluno está a ser provocado/vitimado quando ele ou ela está exposto, repetidamente e ao longo do tempo, a acções negativas da parte de uma ou mais pessoas».


http://www.medplan.com.br/site/imagens/geral/img_20090220_174516.jpg


Referimo-nos então a uma alteração do comportamento, que se manifesta entre os estudantes, sendo uma forma comportamental agressiva, intencionada e prejudicial cujos protagonistas são jovens estudantes. Não se trata de um episódio esporádico mas sim persistente, que pode durar semanas, meses ou até anos. A maior parte dos agressores ou bullies agem movidos por uma sensação de abuso do poder e um desejo de intimidar e dominar. Uma característica dominante destas relações é que o aluno, ou grupo, que se manifesta como líder trata de maneira tirânica o companheiro que hostiliza, oprime e atemoriza repetidamente, atormentando-o até ao ponto deste se tornar na sua vítima habitual.


O bullying pode manifestar-se de várias maneiras:

Por Violência física: diversas formas de agressão (empurrões, socos, pontapés, agressões com objectos) e os ataques à propriedade (lápis, mala, cadernos);
Através de Violência verbal: como colocar alcunhas (magrizelas,gorducho) insultar, ridicularizar, responder com maus modos, fazer comentários racistas;
Por Violência psicológica: através de acções dirigidas com a intenção de minar a autoestima da criança ou do jovem e fomentar a sua sensação de insegurança e temor;
Através de Violência social: principalmente na forma de propagação de rumores desqualificantes e humilhantes que pretendem a sua exclusão e isolamento do grupo;
Por Violência indirecta: quando se induz a agressão a um terceiro;
Através de Abusos sexuais: intimidações e vexames;
Por objectos comunicacionais como o telemóvel, o computador (cyberbullying).


http://imgs.sapo.pt/gfx/466009.jpg


O caso do João, ainda recente, que levou a peito a atitude e os sms dos amigos, está na memória de muita gente. Em Fevereiro de 2009 (há aproximandamente 1 ano) suicidou-se. A família aponta esta como a grande causa, apesar da escola rejeitar a ligação.

Estudos longitudinais associam o facto de ter bullying em idade escolar com a possibilidade de inclusão nos fenómenos de mobbing, a maioria das vezes como perseguição laboral.


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quarta-feira, março 03, 2010

No dia 27 de Março .... Não esquecer


Convite vindo do COGITARE EM SAÚDE, OBRIGADO, Sérgio e Vera
R.S.