quinta-feira, abril 24, 2008

ReflectiR em AbRil ....


Sísifo

RECOMEÇA....
Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.
E os PASSOS que deres,
Nesse CAMINHO duro
Do FUTURO
Dá-os em LIBERDADE.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a SONHAR e vendo
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com LUCIDEZ,
te reconheças...

MIGUEL TORGA


O CRIANCICES deseja a todos: amigos e visitantes um
ÓPTIMO 25 de ABRIL!


21 Comments:

At 10:49 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Lindo, a composição de cores está bem construída, Rosa.
Um ÓPTIMO 25 de Abril, para ti e para a tua família!
Joana Santos.

 
At 10:04 da manhã, Blogger António said...

Querida Rosa!
Goza o 25 de Abril do modo mais livre que queiras...

Beijinhos

 
At 10:26 da manhã, Blogger Fátima André said...

Magnífico poema de Torga! Obrigada pela partilha. Um bom Dia da LIBERDADE vivido pleno de sonhos e realizações pessoais :)

 
At 6:01 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Olá Rosa, espero que tivesses tido um ÓPTIMO 25 de Abril!

 
At 6:25 da tarde, Blogger Raquel Alves said...

Obrigada pelos votos e pelo poema. É bom saber que ainda há quem valorize o 25 de Abril!
beijo

 
At 8:33 da tarde, Blogger Papoila said...

25 de Abril SEMPRE!
Bom fim de semana.
Beijo com perfume de cravo

 
At 9:30 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Olá Rosa, espero que tudo tivesse corrido bem neste dia da LIBERDADE. Bjinhos da Margarida.

 
At 3:36 da tarde, Blogger Unknown said...

Refletir todos os dias...
um abraço
brisa de palavras

 
At 6:01 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Oi Rosa, espero que tivesses tido um ÓPTIMO 25 de Abril, amiga,jinhos, CM.

 
At 9:20 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Um poema lindíssimo de Torga.

um abraço de liberdade em amizade

 
At 9:45 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Às Forças Armadas e ao povo de Portugal
"Não hei-de morrer sem saber qual a cor da liberdade"
Jorge de Sena

Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.

Quase, quase cinquenta anos
reinaram neste país,
e conta de tantos danos,
de tantos crimes e enganos,
chegava até à raíz.

Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.

Tantos morreram sem ver
o dia do despertar!
Tantos sem poder saber
com que letras escrever,
com que palavras gritar!

Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.

Essa paz de cemitério
toda prisão ou censura.
e o poder feito galdério,
sem limite e sem cautério,
todo embófia e sinecura.

Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.

Esses ricos sem vergonha,
esses pobres sem futuro,
essa emigração medonha,
e a tristeza uma peçonha
envenenando o ar puro.

Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.

Essas guerra de além-mar
gastando as armas e a gente,
esse morrer e matar
sem sinal de se acabar
por política demente.

Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.

Esse perder-se no mundo
o nome de Portugal,
essa amargura sem fundo,
só miséria sem segundo,
só desespero fatal.

Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.

Quase, quase cinquenta anos
durou esta eternidade,
numa sombra de gusanos
e em negócios de ciganos,
entre mentira e maldade.

Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.

Saem tanques para a rua,
sai o povo logo atrás:
estala enfim, altiva e nua,
com força que não recua,
a verdade mais veraz.

Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.

Espero que tivesse tido um ÓPTIMO 25 de Abril

 
At 10:02 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Olá Rosa, espero que tivesses gozado um ÓPTIMO 25/04!

Eu Sou Português Aqui

Eu sou português
aqui
em terra e fome talhado
feito de barro e carvão
rasgado pelo vento norte
amante certo da morte
no silêncio da agressão.

Eu sou português
aqui
mas nascido deste lado
do lado de cá da vida
do lado do sofrimento
da miséria repetida
do pé descalço
do vento.

Nasci
deste lado da cidade
nesta margem
no meio da tempestade
durante o reino do medo.
Sempre a apostar na viagem
quando os frutos amargavam
e o luar sabia a azedo.

Eu sou português
aqui
no teatro mentiroso
mas afinal verdadeiro
na finta fácil
no gozo
no sorriso doloroso
no gingar dum marinheiro.

Nasci
deste lado da ternura
do coração esfarrapado
eu sou filho da aventura
da anedota
do acaso
campeão do improviso,
trago as mão sujas do sangue
que empapa a terra que piso.

Eu sou português
aqui
na brilhantina em que embrulho,
do alto da minha esquina
a conversa e a borrasca
eu sou filho do sarilho
do gesto desmesurado
nos cordéis do desenrasca.

Nasci
aqui
no mês de Abril
quando esqueci toda a saudade
e comecei a inventar
em cada gesto
a liberdade.

ainda urgente.

Eu sou português
aqui
o português sem mestre
mas com jeito.
Eu sou português
aqui
e trago o mês de Abril
a voar
dentro do peito.

Nasci
aqui
ao pé do mar
duma garganta magoada no cantar.
Eu sou a festa
inacabada
quase ausente
eu sou a briga
a luta antiga
renovada

José Fanha

Bjinhos da helena freitas.

 
At 10:12 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Obrigado pela lembrança do 25/04, amiga!

Tanto Mar

Sei que estás em festa, pá
Fico contente
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo pra mim
Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor do teu jardim
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também que é preciso, pá
Navegar, navegar
Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim

Chico Buarque

B.M.

 
At 11:04 da tarde, Blogger Luis Ferreira said...

Linda composição cheia de cor e de liberdade.

Parabéns amiga
Bjs

 
At 8:34 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Um dia depois

26 de Abril de 2008

Este é o meu protesto!

A liberdade está a ficar cercada e os nossos votos de nada servem. Os nossos sonhos viajantes estão a ficar cansados. Onde estão os valores de Abril!

Que futuro podem ter os jovens com trabalho precário?

Serão de facto velhos os desempregados com 40 anos de idade?

Qual a razão que assiste a quem nos governa para não cumprirem o que prometerem a quem os elegeu?

Por que fecham os hospitais sem alternativa?

Por que razão mudaram as regras da aposentação?

Dizem – Mudamos a regra porque a esperança de vida é agora maior! Será assim? Vejamos!

Se nos aumentaram o tempo para alcançar a reforma, é por que nos querem, nos nossos postos de trabalho, até mais tarde.

Nada mais falso! O que querem é reduzir os montantes das aposentações!

É por isso que nos incentivam a ir para a reforma mais cedo. Qual a razão para nos anunciarem a pré-reforma. Não! Estes senhores apenas querem retirar direitos adquiridos e antecipar reformas com penalização.

Qual a penalização nos vencimentos dos políticos?

Será que o político tem uma profissão de desgaste rápido?

Onde estão e por onde param esses profissionais quando saem da política?

Será que ainda posso protestar?

Ontem fui um dia igual aos outros. Ah! não é verdade! Ontem ergui o meu copo, do mais sublime néctar, aos militares que me restituíram a liberdade.

In NetGlobal

 
At 6:39 da tarde, Blogger Saúde Materna - Centro de Saúde da Feira said...

Olá Criancices:
Também gostamos de Miguel Torga e de "criancices" do jeito de reflectir os assuntos, de aprofundar os saberes e principalmente do carinho colocado em tudo o que faz.
Por tudo isto e para não quebrar a corrente deixamos no Milagre de Vida uma nomeação.
Votos de muitas criancices "cidadã do mundo"

 
At 10:46 da manhã, Blogger Aninha Pontes said...

Olá Rosa, através de um comentário seu lá no blog da alergia, vim conhecer seu canto.
Muito útil, muitas informações importantes.
Parabéns pelo blog.
Um abraço

 
At 10:12 da tarde, Blogger AnaCristina said...

Quem me dera sonhar com lucidez!

 
At 12:28 da tarde, Blogger Isabel Filipe said...

é belissimo este poema de Miguel Torga ...

e parabéns pelo "design" que deste ao mesmo ... gostei muito.


beijinhos e bom fim de semana

 
At 8:13 da tarde, Blogger Dreamaster said...

e veja-se no q é hoje a herança de Abril...

Bom 1 de maio ;)

Bjs
D.

 
At 1:23 da manhã, Blogger Odele Souza said...

Olá Rosa,
Passei pra te deixar um abraço e o desejo de bom feriado.

 

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