Dia Internacional das Crianças Desaparecidas
Na Europa, foi em 2002 que este dia foi assinalado pela Child Focus, ONG parceira Belga, como uma experiência piloto, sob o patronato da Rainha Belga. Em 2003, as iniciativas fizeram-se sentir na França, Holanda, Reino Unido (onde se dedica todo o mês à problemática dos desaparecidos), República Checa, Polónia, Alemanha e Bélgica.
São psicólogas que atendem esta linha.
Com este número, os pais podem enunciar o desaparecimento de um filho, e essencialmente a própria criança pode utilizá-lo para pedir apoio se for caso disso.
O Instituto de Apoio à Criança (IAC) luta há anos por este dia, que fará a diferença na luta contra o pior de todos os pesadelos de uma família.
Segundo o IAC "Todos os dias centenas de crianças desaparecem na Europa e em todo o mundo. Algumas nunca são encontradas, mas felizmente a grande maioria das crianças acabam por ser localizadas dentro das primeiras 24 horas do seu desaparecimento, graças ao árduo trabalho de vários profissionais".
Este número de telefone é lançado, em simultâneo em todo o espaço europeu. Portugal está entre os dez estados-membros da UE que se associaram a esta decisão, sendo os outros a Bélgica, a Eslováquia, a França, a Grécia, a Holanda, a Hungria, a Itália, a Polónia, e a Roménia.
por LICÍNIO LIMA
Em Portugal desaparecem todos os dias, em média, pelo menos duas crianças ou jovens até aos 18 anos. A maioria é recuperada. Mas sem paradeiro certo encontram-se ainda 26, que a Polícia Judiciária (PJ) acredita encontrar a qualquer momento.
Em 2008, desapareceram 148 crianças, dos zero aos 12 anos. Destas, encontram-se duas ainda sem paradeiro certo. Dos 13 aos 18 anos, foram 526, estando também dois adolescentes por recuperar. Este ano, até Abril, só na região de Lisboa, desapareceram 24, dos zero aos 12 anos, todos já recuperados. Na mesma região e no mesmo período, registaram-se 304 casos, dos 13 aos 18 anos, estando 22 ainda desaparecidos. Neste momento, as autoridades procuram o paradeiro de, pelo menos, 26 crianças e jovens, mantendo em memória os enigmáticos casos Maddie, a criança inglesa desaparecida em 2007, e Rui Pedro, em 1998.
Este dois casos estremeceram o país, mas são raros. A maior parte dos desaparecimentos ocorre em instituições de acolhimento, em que 80% são reincidentes".
Em Defesa da Criança
A Associação de Crianças Desaparecidas (APCD)tem sensibilizado o público para a existência de predadores sexuais:
Os casos de uma jovem de 13 anos localizada em França, vivendo com um indivíduo que a tinha seduzido pela Internet e o de outra jovem de 15 anos que foi também seduzida on-line figuram entre as situações que estão a ser acompanhadas por esta associação. As duas jovens já se encontram em casa, mas a associação mantém o apoio psicólogico às mesmas e suas famílias.
Bibliografia:
metro
Destak
R.S.
23 Comments:
Fico muito triste por haver dias destes!...
Fico muito triste por saber que no mundo ainda há muitas crianças que não têm direito à sua infância!!!
Será que estamos mesmo no sec XXI?
Luz
Não tinha ideia da média de crianças e jovens desaparecidos e/ou raptados. São assustadores os números. Arrepia-me este tipo de acontecimentos e não consigo aceitar comportamentos como os relatados em seres humanos, e em países civilizados.
Ainda bem q nasci na altura em q nasci, pois quando era miudo não havia este medo (cada vez maior da parte dos pais) de deixar os miudos até tarde na rua. Quntas vezes já era bem de noite e anda na rua brincar com os meus amigos e iamos pra varios sitios sem medo de sermos raptados por algum pedofilo ou criminoso de circunstancia.
Se o progresso e desenvolvimento significa isto, etão pro diabo com ele!
Bjs do desaparecido ;)
D.
Os números de crianças desaparecidas continuam a disparar de uma forma assustadora, nunca imaginei tal número, se não tivesse pesquisado em conjunto este fenómeno!
Bjinhos da Margarida....
....
Rosa,
Mais um excelente trabalho este teu.
Triste, dolorosa realidade esta.
É impossível que esta selva, este inferno em que o próprio homem transformou a existência, possa durar muito mais tempo, sem provocar a sua autodestruição.
....
Obrigado pelas tuas palavras sobre a apresentação deste meu livro.
Um abraço
É um tema arrepiante. Não pode deixar de ser considerado um crime horrendo o rapto ou abuso de crianças. Triste, trágico.
Não sei que possa sentir um pai numa situação dessas. Imagino que uma dor e uma ansiedade incontroláveis.
Bjs
Olá Rosa, um óptimo post em defesa da criança1 Gostei.
Rosa
Obrigado por este modo de estar sempre do lado das crianças, tantas vezes esquecidas, maltratads, abusadas, ignoradas, exploradas...
É por isso que gosto deste blogue!
Se puder passe pelo Pequenos Passos. Deixámos lá um miminho para si!(ao fundo do lado esquerdo)
Uma boa semana
Luz
Olá Rosa, infelizmente tudo o que vai acontecendo com as crianças, merece ser denunciado.
Haja quem denuncie aqueles que não têm voz.
Muito Obrigada!
Olá Rosa
Já há uns tempos que não tinha passado por aqui hoje plembrei-me de ti
Sou uma amiga desaparecida.
Vejo que continuas com a mesma Forçade sempre
Parabéns
gostaria que desses uma ajudinha á nosssa amiga http://adordasaudadasaudades.blogspot.com.
Grande abraço
meu
DE MÂOS DADAS
Olá Rosa, existem muitíssimas crianças e jovens que vivem à beira dos pais e professores para os quais passam completamente despercebidas, são as crianças transparentes, olhamos para elas, através delas, como se não existissem.
Não estando desaparecidas, estão abandonadas.
Algumas delas não possuem ferramentas interiores para lidar com tal abandono e desaparecem, mantendo-se à nossa vista, no primeiro buraco que a vida lhes proporcionar, um ecrã, outros abandonados ou o consumo de algo que lhes faça companhia.
Não têm número europeu que lhes valha.
Gostei do post.
Um grande abraço, Miguel
Pois é Luz, às vezes dúvido se estamos mesmo no século XXI!
Obrigada pelo miminho, gostei muito,
bJinhos, RS.
Fátima, infelizmente os números são aterradores, mas também me aterra, cada vez mais, o número daqueles que são abandonados, parecendo ser transparentes como diz o Miguel....
Sejas bem aparecido, D. Obrigada pelo teu comentário!
Margarida, os números aterram qualquer um!
Bjinhos da RS.
Olá Vítor, mais uma vez obrigada pelas tuas sábias palavras.
Bj, RS.
Grilinha, como estás aí em Cuba, está tudo a correr bem com o filhote?
Espero que sim.
Bjinhos para ambos, RS.
Cristina, OBRIGADA, um bj, RS.
L.L., muito obrigada pelas palavras elogiosas.
Volte sempre!
DE MÃOS DADAS, o link que deixou não funciona, não estou mesmo ver quem és.
Volte sempre!
Miguel, as crianças transparentes, cada vez são em maior número, são as crianças que têm muitos brinquedos e falta-lhes o principal: o afecto de quem os rodeia!
Bjinhos, RS.
ola sou uma mae que perdeu um filho não por rapto mas sim por doença...é dificil lidar com esta situação toda pois cada dia que passa se torna mais dificil a ausencia do meu filho...sei que ele esta naquele cantinho da saudade mas...que sofrem tantas mães que não sabem onde estão as suas crianças...(carmen)
Carmen, contacta a associação ancora.
Encontrarás quem te apoie, encontraras mães que passaram pelo mesmo, cuja situação é difícil de lidar pois é difícil a uma mãe lidar com o facto do seu filho "partiu" antes dela....
MUITA FORÇA!
Beijinhos, RS.
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