domingo, dezembro 14, 2008

Natal ... já não é o que era? ....

Um Mágico Natal para todos os visitantes e amigos.




O Natal já não é o que era? ... ou será que ainda o é ... em alguns lugares? Esperemos que sim ...

O Natal de Ontem ... em muitas casas ...


Na véspera de Natal, as avós, as tias e a mãe eram as primeiras a levantar-se da cama: sinal de que o Natal estava à porta.
Enquanto os mais pequenos ainda dormiam, dirigiam-se até à horta e tratavam dos animais; por outro lado, o pai que já saíra da cama e também se dirigira para a horta, porque aí se preparava o local para a matança do porco, tinha como missão especial trazer as couves para a ceia de Natal.

Depois do pequeno-almoço, confeccionava-se a massa das filhós para posteriormente se fritarem. Após o almoço, cortavam-se cavacas de lenha para alimentar a lareira e fritavam-se as filhós (Beira-Baixa) ou filhoses (Algarve), ou ainda as azevias (Beira-Baixa) ou trutas (Algarve).


Quando chegava a noite, a alegria já era contagiante e começavam os preparativos para a consoada, que era sempre na cozinha, junto ao quente da lareira crepitante.

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Acrescentava-se a mesa e dispunham-se os pratos e talheres sobre ela, para receber as batatas com couves e bacalhau ou então outro tipo de peixe, consoante as possibilidades económicas. Comiam-se então as batatas com bacalhau ou outro peixe e, no final, as frutas da época, com destaque para as laranjas da baía.

Mais tarde ficava-se na conversa, contando histórias junto à lareira, a comer os fritos já feitos, além de frutos secos tais como nozes e figos.

Perto da meia-noite, bem agasalhados, vestindo sobretudos ou samarras, lá se dirigia toda a família de casa para assistir à missa do galo.
Davam-se as boas festas a vizinhos e conhecidos que se encontravam.

É claro que, nestas festanças, o vinho, por vezes, também fazia das suas e animava excessivamente os mais boémios, que já no interior da igreja, com trajes de pastores exageravam nos cânticos ao menino. No fim da missa, beijava-se o menino recém-nascido e a festa continuava até de madrugada.

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Quando os adultos regressavam da igreja, para os mais pequenos chegara a hora de dormir, não sem antes colocar o sapatinho na chaminé para a prendinha do menino Jesus. Para as mulheres, o trabalho ainda não acabara e lá punham na panela o galo eleito para o dia de Natal, ou então preparavam tudo para no dia seguinte tratarem da matança do porco (nas famílias mais abastadas economicamente) .

Enviado por e-mail por uma amiga.


Que a Estrela Alva nos ilumine a todos neste Natal.