O Bullying não é uma brincadeira ...... 1
Como é que uma sociedade pode sobreviver sem formação, embora tenha conhecimentos e informação?
Na sociedade, este fenómeno que não é recente, está sendo motivo de preocupação e interesse para os próprios alunos, pais, profissionais da educação e da saúde, e também a comunicação social.
Mas será que a agressividade ajuda a fortalecer o carácter de um jovem?
Comentário análogo se faz das praxes universitárias, quando estas atingem e extrapolam as paredes das instituições de ensino (onde se deveria formar e ensinar os jovens) pela sua agressividade e humilhação que infringem a quem é a vítima, no momento.
Ou seja, por outras palavras, tenta-se a generalização de situações que nada têm de normalidade, recorrendo ao "branqueamento". E esta situação é tão grave que se transformam, em alguns casos, as vítimas em criminosos e os criminosos em vítimas, alegando que as vítimas apresentavam distúrbios psicológicos que justificavam aquelas situações que de normalidade nada têm.
Contudo esta onda de agressividade e "achincalhamento" está a tornar-se em algo preocupante por causa da sua elevada incidência e porque agrava determinados comportamentos e altera o normal desenvolvimento da vida escolar ou do contexto laboral.
Ultimamente, têm vindo a adquirir uma maior relevância por causa da divulgação atempada e, essencialmente, pela crueldade de alguns episódios recentes, que desencandeiam sentimentos como o medo, a ansiedade e doenças mentais, entre as quais a depressão, podendo levar ao suícidio.
É frequente falar-se internacionalmente em Bullying.
Referimo-nos então a uma alteração do comportamento, que se manifesta entre os estudantes, sendo uma forma comportamental agressiva, intencionada e prejudicial cujos protagonistas são jovens estudantes. Não se trata de um episódio esporádico mas sim persistente, que pode durar semanas, meses ou até anos. A maior parte dos agressores ou bullies agem movidos por uma sensação de abuso do poder e um desejo de intimidar e dominar. Uma característica dominante destas relações é que o aluno, ou grupo, que se manifesta como líder trata de maneira tirânica o companheiro que hostiliza, oprime e atemoriza repetidamente, atormentando-o até ao ponto deste se tornar na sua vítima habitual.
Por Violência física: diversas formas de agressão (empurrões, socos, pontapés, agressões com objectos) e os ataques à propriedade (lápis, mala, cadernos);
Através de Violência verbal: como colocar alcunhas (magrizelas,gorducho) insultar, ridicularizar, responder com maus modos, fazer comentários racistas;
Por Violência psicológica: através de acções dirigidas com a intenção de minar a autoestima da criança ou do jovem e fomentar a sua sensação de insegurança e temor;
Através de Violência social: principalmente na forma de propagação de rumores desqualificantes e humilhantes que pretendem a sua exclusão e isolamento do grupo;
Por Violência indirecta: quando se induz a agressão a um terceiro;
Através de Abusos sexuais: intimidações e vexames;
Por objectos comunicacionais como o telemóvel, o computador (cyberbullying).
O caso do João, ainda recente, que levou a peito a atitude e os sms dos amigos, está na memória de muita gente. Em Fevereiro de 2009 (há aproximandamente 1 ano) suicidou-se. A família aponta esta como a grande causa, apesar da escola rejeitar a ligação.
Estudos longitudinais associam o facto de ter bullying em idade escolar com a possibilidade de inclusão nos fenómenos de mobbing, a maioria das vezes como perseguição laboral.
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