domingo, novembro 25, 2007

Dizem que até não sou um mau blog... 4 em 1

Mais um prémio para o CRIANCICES, vindo do meu amigo Vítor, que vai enriquecer o template deste humilde blog. O amigo Vitor diz que este "blog até não é um mau blog!..." decididamente não sei ... para mim é aquele que sei fazer e acreditem que tento empenhar-me nisso.
Contudo nestes tempos que correm, em que tudo nos pare
ce tão mau (a coisa está pela hora da morte, como quem diz...), com o custo de vida, a violência (seja qual for o seu tipo, não esquecendo que hoje é o Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher), a ausência de valores, o desemprego, a falta de apoio na saúde, .... este prémio surge como mais um incentivo para continuar esta caminhada. Agradeço ao meu amigo Vítor o reconhecimento que me concedeu e aproveito para agradecer a todos os amigos e visitantes deste blog os comentários de afectividade e apreço que, por aqui vão deixando, e que vale mais para mim do que todos os prémios que se possam imaginar, deixando a estes últimos a certeza que este blog vai continuar a postar, consoante a disponibilidade.


OBRIGADO, Vítor.

Posteriomente juntaram-se outros amigos:
Nuno, Utília e Psikiatrices - OBRIGADA a todos!

De qualquer forma, aqui vai o protocolo da coisa ...

1. Este prémio deve ser atribuído aos blogs que considerem serem bons, entende-se como bom os blogs que costuma visitar regularmente e onde deixa comentários.
2. Só e somente se recebeu o “Diz que até não é um mau blog”, deve escrever um post:
- Indicando a pessoa que lhe deu o prémio com um link para o respectivo blog;
-
A tag do prémio;
-
As regras;
-
E a indicação de outros 7 blogs para receberem o prémio.
3. Deve exibir orgulhosamente a tag do prémio no seu blog, de preferência com um link para o post em que fala dele.
4. (Opcional) Se quiser fazer publicidade ao blogger que teve a ideia de inventar este prémio, ou seja – Skynet - pode fazê-lo no post).
E as vítimas do Criancices, desculpem, os felizes contemplados são:

1ª votação


Ana Scorpio
Charquinho
Conversamos?!...
Cogitare
Co-Labor

Depois do Trauma
Eu, blogando...
Flávia, Vivendo em coma...
Kaskaedeskaska

O Alquimista

O Profeta

2.ª votação:

A Dreamer´s Space
A fotografia
A minha Matilde & C.ª
As palavras articuladas da Lusófona
Blog da Alergia
Brisa de palavras!
Enfermeiro de Anestesia (Nurse Anesthesic)
Mar de Sonhos
O outro lado
Psikiatrices
Registo Provisório
The Dreamaster Realm
Vida de Professor

Esta "coisa" das nomeações tem sempre a sua injustiça ... muitos mais eu teria para nomear (ai balha-me santo antónio, já passei das marcas...isto é, das indicações) ... mas que me desculpem todos os outros que também considero muito bons, mas certamente que também o receberão, pois esta história dos prémios tem que se lhe diga...


Agora noutra onda e pensando na imagem (cliquem nela que vale a pena...) que me chegou à minha caixa de correio... não é que é nunca tinha pensado nisso?....a causa real do aquecimento global (risos).
Obrigada Irene.

sábado, novembro 03, 2007

As infecções respiratórias nas Crianças - Parte I


As infecções respiratórias (IR) constituem o maior grupo de doenças na criança, principalmente nos primeiros anos de vida. Uma criança tem, em média, 9 a 10 infecções respiratórias por ano, representando estas cerca de 40% das causas que levam as crianças a recorrer aos Serviços de Urgência Pediátrica dos Hospitais da área da Grande Lisboa, de Coimbra e do Grande Porto.
A distribuição das infecções respiratórias é anual, mas o pico da sua incidência regista-se durante os meses de Inverno (período sazonal). Este fenómeno é devido à maior facilidade de contágio pelos microorganismos presentes nas secreções respiratórias, quando as crianças se acumulam em espaços fechados, como creches, infantários (ou infectários?) e escolas e até mesmo nas Urgências dos Hospitais (demasiado congestionadas por falsas urgências).
A grande maioria destas infecções é causada por vírus, alguns dos quais (vírus sincicial respiratório, vírus influenzae) têm uma distribuição predominante nos meses de Inverno. Os vírus são microorganismos que se aproveitam das células do hospedeito (homem, animal, bactéria) para se poderem multiplicar. Neste processo podem lesar essas células destruindo-as e causando a doença. São estes os agentes que, de longe, mais infecções respiratórias causam na idade pediátrica.Após um primeiro contacto, a criança ganha defesas contra esse vírus e alguns subtipos semelhantes. No entanto, se soubermos que a “constipação” comum pode ser causada por 100 tipos e subtipos de vírus, é fácil perceber que podem decorrer vários anos até que uma criança se torne imune à maioria das viroses mais comuns.
Os antibióticos, medicamentos que combatem as bactérias, não têm qualquer acção sobre os vírus. Medicar indiscriminadamente com um antibiótico qualquer infecção respiratória numa criança, quando o mais frequente é esta ser causada por um vírus, não só não apressa a evolução natural dessa doença como vai contribuir perigosamente para a emergência de estirpes bacterianas resistentes aos antibióticos mais comuns. Este facto levanta problemas quando é necessário tratar infecções graves causadas por essas bactérias que adquiriram multiresistências.
Estudos feitos no nosso país mostram bem que, tal como sucede nos E.U.A, Japão e outros países da Europa, também em Portugal se encontram na garganta ou nariz de crianças que frequentam infantários, bactérias (Pneumococos) resistentes aos antibióticos mais habituais.
Um outro aspecto das infecções respiratórias na criança pequena é a frequência com que se acompanham de pieira (“assobio” ao respirar). Sabe-se que 20% de todas as crianças têm pelo menos uma infecção respiratória com pieira. Este facto causa ansiedade nos pais que questionam frequentemente se o seu filho é, ou poderá vir a ser, um asmático. Cerca de um terço dessas crianças terão outros episódios similares até depois dos seis anos. Essas crianças geralmente apresentam história familiar ou antecedentes de manifestações alérgicas e a infecção com pieira poderá ter sido uma manifestação precoce de uma asma futura. Os outros dois terços não vão ter pieira persistente para além dos três anos de vida, altura em que o número de infecções respiratórias diminui acentuadamente. Infelizmente não é possível reconhecer nos episódios iniciais a qual destes dois grupos pertence a criança, pelo que a resposta à questão só pode ser dada ao longo do tempo de acompanhamento da mesma.
O combate eficaz às infecções respiratórias e as suas sequelas passa, antes de mais, por uma atitude preventiva que inclui a vigilância do cumprimento do Plano Nacional de Vacinações, e a escolha, quando a frequência do infantário é imperativa, de um espaço que seja arejado, com bastante ar livre e com uma boa relação ocupante/área. As crianças não devem ir para o infantário ou escola quando febris e o recurso à Urgência Hospitalar deve se limitado aos casos verdadeiramente urgentes.
Os pais devem estar alertados que as crianças expostas ao fumo do tabaco têm muito maior incidência de infecções respiratórias, frequentemente acompanhadas de pieira ou dificuldade respiratória, pelo que não devem expor as suas crianças a viver em ambientes com fumos (do tabaco ou lareiras).


Outro factor preponderante nas infecções respiratórias é o aumento das alergias nas crianças. É sabido que "os doentes alérgicos estão mais sujeitos a infecções respiratórias". Num estudo sobre a população infantil portuguesa (International Study of Ashma and Alergy in Childhood) divulgado em 2003, constatou-se que entre os anos de 1995 e 2001 houve um aumento da prevalência (pelo menos uma manifestação da doença no último ano) de três por centro no caso da asma, oito por cento no caso da rinite, quatro por cento no da rinite associada à conjuntivite e um por cento no caso do eczema, informam alguns pediatras. Factores hereditários, mas também de tipo ambiental (ambientes mais poluídos) e alimentar (mais ingestão de alimentos com corantes e conservantes) estão entre os factores que explicam esta subida. Quando a chamada bronquiolite não traz febre e é repetida num curto espaço de tempo pode justificar-se fazer um estudo para saber se a criança é alérgica ou não.
Mas destas infecções respiratórias e dos seus cuidados falarei adiante ...