Ainda a preocupação com as queimaduras solares
Os lactentes e as crianças são especialmente sensíveis aos efeitos do sol.
Não existe o denominado "bronzeado saudável". Os anos de exposição ao sol sem protecção causam envelhecimento prematuro da pele. O "cancro" de pele geralmente aparece na idade adulta, mas é causado por exposição ao sol e queimaduras solares ocorridas na infância. O melanoma maligno é conhecido como o mais grave destes cancros e pode ser prevenido protegendo as crianças dos raios solares prejudiciais.
As cataratas também se podem originar de anos de exposição ocular ao sol sem protecção.
As queimaduras solares ocorrem quando a quantidade de exposição ao sol ou à outra fonte de luz ultravioleta ultrapassa a capacidade do pigmento protector do corpo, a melanina, de proteger a pele. As queimaduras solares numa pessoa de pele muito clara podem ocorrer em menos de 15 minutos de exposição ao sol do meio-dia, enquanto que uma pessoa de pele escura pode tolerar a mesma exposição por várias horas.
Ao contrário de uma queimadura térmica, a queimadura solar não aparece imediatamente. Quando a pele começa a ficar dorida e vermelha, o dano já foi causado. A dor é mais intensa no período entre 6 e 48 horas após a exposição solar. No caso de queimaduras solares graves, pode ocorrer a formação de bolhas na pele. É comum aparecer inchaço (edema) cutâneo, especialmente nas pernas. As queimaduras solares libertam toxinas, por esta razão, pode ocorrer febre. Geralmente a descamação da pele começa após 3 - 8 dias da exposição solar.
A pele é um órgão complexo e composto por duas camadas: a epiderme, a mais externa; e a derme, a mais interna. As queimaduras classificam-se pela profundidade da destruição dessas camadas da pele em:
- Queimadura de primeiro grau: é a mais superficial, pois compromete só a epiderme, e a área queimada apresenta-se avermelhada e dolorida (por exemplo, queimaduras solares);
- Queimadura de segundo grau: é de média profundidade, comprometendo a epiderme e parte da derme e se caracteriza pela presença de bolhas na área queimada (por exemplo, queimadura por água ou óleo quente);
- Queimadura de terceiro grau: é a mais profunda e mais grave, compromete a epiderme e toda a derme, podendo apresentar diversos aspectos quanto à coloração, que pode ir da lesão esbranquiçada ao amarelo, castanho ou negro (por exemplo, queimaduras eléctricas ou por chamas)
Ultimamente têm sido desenvolvidos protectores solares muito eficazes, que protegem contra UVA e UVB (ondas curtas e longas de luz ultravioleta) que são os componentes da luz solar responsáveis pelas queimaduras e alterações cancerosas na pele.
Recomenda-se o uso de protector solar, roupas protectoras e óculos de sol com protecção ultravioleta, a fim de evitar a exposição excessiva ao sol.
O meu filho queimou-se. O que fazer? As queimaduras solares habitualmente superficiais são consideradas as menos graves. Contudo como todas as queimaduras apresentam perigo, e nesse caso devem ser avaliadas por um médico.
Em situações extremas de exposição ao calor podem surgir os chamados golpes de calor que, pela sua gravidade, podem obrigar a cuidados médicos de urgência.
Os golpes de calor surgem quando o corpo não consegue controlar a sua própria temperatura, os mecanismos de transpiração falham e a temperatura sobe rapidamente podendo, em pouco tempo, atingir as 39ºC. Esta situação pode manifestar-se por febres altas, pele vermelha e quente sem suor, aumento da frequência cardíaca, dores de cabeça, náuseas, confusão e até perda de consciência.
Perante estes sintomas deve-se procurar um lugar fresco e deve-se baixar a temperatura do corpo com um banho de água tépida e procurar ajuda médica.
A criança tiver sinais de choque (desmaio, tonturas, sede intensa, respiração rápida, pulso acelerado, palidez, pele fria ou viscosa) ou sintomas como náusea, vómitos, febre, calafrios e bolhas; dor ocular e sensibilidade à luz; se a queimadura for muito grave e dolorosa (poderá haver necessidade de fazer um analgésico).
E não se esqueça, vigie as suas crianças:
Correr e brincar à vontade na praia é o sonho de qualquer criança. Contudo o perigo pode espreitar. Basta um pequeno descuido para que os miúdos se aventurem na água, se percam na extensão do areal ou vão atrás de alguém que os chame ao passar. Vigie todos os seus movimentos. Assim que der por falta das suas crianças, não hesite em pedir auxílio ao vigilante.
Dica que pode facilitar a busca: por instinto, os mais pequenos evitam apanhar com a luz solar nos olhos, por isso é natural que tenham feito o percurso de costas voltadas para o sol.
A segurança nunca é demais!...
Bibliografia:
http://www.educacao.te.pt/pais_educadores/index.jsp?p=86&id_art=75
http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/noticias_ver.asp?noticia=6427
http://www.hevora.min-saude.pt/docs/pediatria/cuidados_epoca_balnear.pdf
Umas ÓPTIMAS FÉRIAS!
RS