domingo, setembro 17, 2006

As aulas estão aí ...


Em algumas localidades portuguesas as aulas nas escolas pré-primária e primária já se iniciaram. Em outras, por várias circunstâncias, estão quase a iniciar-se.
Esta etapa constitui, quase sempre, uma fase de ansiedade tanto para os pais e/ou educadores como para as crianças, por vários factores que acarreta.
Sendo assim é nosso dever como mães e/ou educadores que os nossos filhos iniciem o ano lectivo “com o pé direito”, por assim dizer ….
Nessa perspectiva podem tomar-se algumas medidas muito importantes:
1. Acorde o seu filho mais cedo
- Preferencialmente uma ou duas semanas antes das aulas começarem para que ele se vá habituando ao ritmo que o espera.
2. Ajude o seu filho a organizar-se na véspera do dia de aulas
- Ensine o seu filho a preparar a mala que contém os livros, cadernos e canetas, bem como a roupa que vai vestir. Com isto evitará com que volte atrás porque se esqueceu do caderno ou que perca tempo, de manhã, à procura do livro que lhe faz falta.
Se o seu filho for muito desorganizado, lembre-se que muitas crianças desorganizadas entendem-se muito bem na própria desorganização que fazem, pelo que não o force a ter posturas que o prejudiquem.
3. Faça com que o seu filho tenha uma boa imagem da escola
- Muitas crianças ficam angustiadas com o regresso à escola.
Nesse sentido, lembre-lhe sempre as coisas boas que aconteceram na escola.
Diga-lhe que vai voltar a ver os seus colegas, que se vão divertir, ter visitas de estudo, etc.
Pode também deixar que ele escolha os cadernos e as canetas, assim como a roupa que vai levar vestida no primeiro dia de aulas.
4. Ensine a seu filho que há tempo para tudo
- Habitue o seu filho a organizar o tempo, de maneira que ele consiga estudar, ver televisão, estar a brincar ou jogar com os amigos, ler...
Explique-lhe que não deve chegar a casa e isolar-se no quarto a jogar no computador, deixando os TPC por fazer.
E, acima de tudo, escolha com ele um local específico para ele estudar (calmo, com luz adequada e bem direccionada).
5. Oriente o seu filho nos TPC, se ele necessitar da sua ajuda
- Para muitas crianças, os TPC (os famosos trabalhos para casa) são um verdadeiro “quebra-cabeças”.
Por vezes, adiam ao máximo a sua realização e alguns acabam por não os fazer...
Não tenha problema em ajudar o seu filho a fazer os trabalhos de casa, desde que o oriente e não lhe faça a “papinha” toda.
Ultimamente muito se tem falado acerca dos trabalhos de casa que são para fazer na escola, se assim é deixam de ser trabalhos de casa ... não é?

quarta-feira, setembro 13, 2006

Reflectindo ...


"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram,
mas na intensidade com que elas acontecem.
Por isso, existem momentos inesquecíveis,
coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis".

Fernando Pessoa

sexta-feira, setembro 08, 2006

Aí que ressaca!?...


Dizia eu num post anterior que ainda estava de ressaca das férias
... e este pequenito qual será a ressaca dele?

quinta-feira, setembro 07, 2006

Ainda ... Vida sem fraldas ...


Dicas para o inicio do treino do bacio

Dirigidas aos pais

Uma dica para reconhecer que já pode começar o treino do bacio é quando a criança aponta ou diz que está suja ou que “está fazendo chichi ou cocó”, desejando trocar de fralda, o mais rapidamente possível; quando a fralda está seca durante várias horas, ou então quando se interessa por aquilo que os pais ou irmãos vão fazer na sanita da casa de banho.
Os pais devem explicar, sempre que possível, o que acontece na sanita de forma que a criança possa entender que aquele lugar é o ideal para fazer as suas necessidades.
Deixar a porta da casa de banho aberta faz com que a criança imite os mais velhos e perceba que esse “ritual” é rotineiro e normal.
Para iniciar o processo de treino, compre um bacio escolhido pela criança e deixe no lugar em que a criança costuma brincar.
Existem também no mercado adaptadores para as sanitas para que elas fiquem bem posicionadas e devidamente sentadas (neste caso convém vigiar sempre, pois a criança pode cair da sanita).
A criança deve explorar o bacio (não a deixe colocá-lo na cabeça) e ser estimulada a sentar nele , enquanto os pais explicam para que serve ou brincam com ela.
Se a criança recusar sentar-se no bacio permita que ela se levante e volte a tentar após a refeição.
Se a recusa for persistente, adie o treino por várias semanas.
Quando a criança estiver familiarizada, coloque o bacio na casa de banho e passe as eliminações da criança da fralda para o bacio na presença dela, sempre conversando e explicando o que acontece.
Comece a deixar a criança de calcinha e estimule a criança a tirá-la quando ficar sentada no bacio.
Nunca recuse ajuda à criança para eliminar no bacio se ela pedir ajuda e não retarde a ida à casa de banho quando a criança pedir, no caso da criança usar a sanita.
Respeite os seus limites e as suas capacidades.
A fralda nocturna pode ser retirada quando a criança começar a acordar seca.Isso acontece logo depois do controle diurno.
Prepara-se para encontrar a cama molhada no começo do treino do retiro das fraldas nocturnas, o que é perfeitamente normal.
Entre os dois e cinco anos de idade, a criança não tem total controle esfincteriano e podem ocorrer "incidentes".
Evite oferecer líquidos antes da hora de dormir e leve a criança à casa de banho (sanita) antes de se deitar ou mesmo durante a noite.
Não puna ou castigue a criança por ter fracassado.
Essa atitude só irá atrapalhar a aprendizagem da criança.
Elogie a criança mas sem exageros quando obtiver sucesso.
Muitas vezes, poderá ficar sentada no bacio e no vaso sanitário sem fazer nada e assim que sair urinar ou fazer cocó na roupa.
É normal, o controle esfincteriano está começando.
Aja naturalmente limpando a criança.
Meninos e meninas aprendem primeiramente sentados.
Os meninos devem ser estimulados a fazer chichi em pé como o pai ou irmãos mais velhos, depois do controle já adquirido.
Algumas crianças regridem nesse processo, pois podem querer chamar a atenção.
Um motivo bastante comum para a regressão é a chegada de um novo irmãozinho.
Faça desse momento um momento especial, oferecendo muito amor e carinho.
O trabalho mais importante dos pais é proporcionar condições para que o processo de aprendizagem seja o mais descontraído possível.
Se a criança frequentar a creche/jardim-de-infância deverá existir uma coordenação dos pais com as educadoras, no sentido de um maior sucesso nesta tarefa.

Boa sorte!

In: Enfermagem Pediátrica Contemporânea, Cathleen S. Opperman(2002)
BRAZELTON, T. Berry – O Grande Livro da Criança. Lisboa : Editorial Presença(1995)
Documento policopiado de Armando Fernandes (Pediatra)- 2005

Vida sem fraldas ...


Quando retirar as fraldas?

O início deste processo gera sempre grandes dúvidas e ansiedade aos pais.
Deve ser um momento calmo, considerado como parte da vida da criança e dos pais e encarado sem angústias de nenhuma ordem.
É uma etapa em que a criança está crescendo, tornando-se mais independente e deixando, essencialmente, a sua mãe mais livre também.
Através desta etapa assiste-se a uma nova relação/interacção entre pais e criança.
Os pais não devem ter pressa neste processo.
Uma criança que não tem maturidade suficiente para controlar os seus esfíncteres (músculos que controlam a saída da urina e fezes) e é forçada a deixar as fraldas, pode ter sérios problemas de incontinência urinária (incapacidade de controlar a eliminação da urina) ou de intestino preso (obstipação).
Portanto, não há nada melhor do que “dar tempo ao tempo” nesta nova situação.
Geralmente as crianças controlam primeiro o intestino e depois a bexiga.

Os pais devem estar plenamente conscientes que a criança precisa ter algumas habilidades próprias para começar a ficar sem as fraldas, as quais coincidem com:
- Poder estar sentada durante 5 a 10 minutos;
- Caminhar;
- Falar para conseguir pedir que quer usar o bacio ou a sanita;
- Tirar as suas roupas, que devem ser de fácil manuseio (por exemplo: com elástico);
- Compreender os termos utilizados para nomear urina e fezes;
- Entender que existem locais apropriados, socialmente aceites, para poder eliminar as suas “necessidades”.

Assim sendo cada criança tem o seu desenvolvimento e o seu tempo próprio para a aquisição das habilidades, podendo iniciar esse processo quando somente se encontrar física e emocionalmente pronta para ele.
Não existe grande consenso quanto à idade do início do treino do bacio/sanita.
No entanto a maioria dos autores que se debruçam acerca deste tema, aconselham que esse treino deve ser realizado por volta dos dezoito meses de idade, porque até essa idade a criança faz as suas necessidades de forma automática, obedecendo apenas ao comando reflexo e involuntário.

segunda-feira, setembro 04, 2006

Crianças usadas na mendicidade ...


Fiquei simultaneamente apreensiva e triste com esta notícia:
"O Instituto de Apoio à Criança (IAC) registou, este ano, 161 queixas de crianças usadas para mendicidade em várias cidades do país.
Manuel Coutinho, coordenador do SOS Crianças do IAC, explicou que esta prática começou a aparecer em Portugal há dez anos.
Segundo refere o Diário Digital, embora esta prática tenha vindo a desaparecer nos últimos anos, as queixas continuam a surgir por parte de cidadãos indignados e preocupados com a situação das crianças.
Em 2004, o IAC registou 1.154 denúncias relacionadas com o uso de crianças para pedir esmola. No ano passado, o número baixou para 556 queixas.
Desde o início deste ano, o IAC já recebeu 161 denúncias e explica que procura analisar as situações, encaminhando o processo para as entidades competentes, nomeadamente as comissões de protecção de menores, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, as autoridades policiais e os tribunais".

Notícias do Portugalmail (04/09/2006)

Nunca julguei que existissem tantas crianças nesta situação.
São crianças vítimas de maus tratos, abuso sexual, abandono, órfãos de pai e mãe, filhos de toxicodependentes e prostitutas, rejeitadas por delinquência, crianças deficientes, acompanhantes de invisuais, crianças de rua ... Outras são usadas na mendicidade pela família (disfuncional) que se propôs acolhê-las, guardando o dinheiro que as crianças ganham!
Nalguns países do Terceiro Mundo, a mendicidade é uma profissão, e quem mais sofre com esta situação são as crianças.
É, sem dúvida alguma, uma "forma moderna" de escravidão ou de proxenetismo, ou não será?

sexta-feira, setembro 01, 2006

De regresso ....


Tudo tem um fim ... as minhas férias blogosfericamente falando estão no fim ... mas aviso que ainda estou de ressaca!!!